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Sexo na Maturidade: Desmistificando Tabus e Celebrando o Prazer Feminino

sexo na maturidade tem sido um tema negligenciado na sociedade por muitas décadas, com estereótipos e preconceitos frequentemente limitando a abertura e a discussão sobre a sexualidade feminina em diferentes etapas da vida. No entanto, a história da sexualidade mostra que houve civilizações onde a sexualidade feminina era vista com naturalidade, enquanto outras reprimiam essa expressão. Hoje, o feminismo desempenha um papel importante no empoderamento das mulheres para buscarem o próprio prazer e protagonismo sexual, inclusive na maturidade.


A História da Sexualidade
A sexualidade feminina tem uma história longa e complexa, que foi influenciada por muitos fatores culturais, sociais e religiosos ao longo dos milênios e civilizações. Muitos dos padrões sociais e psíquicos que ainda apresentamos quando o assunto é sexualidade são relacionados às crenças construídas ao longo da história da humanidade .
Nos tempos mais antigos, antes da formação das primeiras civilizações, a sexualidade era influenciada por fatores biológicos, instintos reprodutivos e costumes sociais primitivos. A vida nas sociedades pré-civilizadas era marcada por uma conexão mais próxima com a natureza, e os comportamentos sexuais geralmente refletiam a busca por reprodução e sobrevivência.
Nessas sociedades, as relações sexuais provavelmente eram mais informais, sem muitas das instituições e convenções sociais que vemos hoje. O conceito de casamento formal e monogamia provavelmente ainda não estava estabelecido, e as pessoas provavelmente viviam em grupos comunitários, onde a reprodução e a criação dos filhos eram uma responsabilidade compartilhada.
A religião e mitologia também desempenhavam um papel significativo na compreensão e expressão da sexualidade nessas culturas. Em algumas sociedades, havia cultos ou rituais relacionados à fertilidade e à celebração da sexualidade.
Algumas culturas antigas, como as civilizações da Mesopotâmia e do Antigo Egito, tinham uma visão mais aberta e natural da sexualidade feminina, que era associada à fertilidade e ao poder feminino. Em contraste, em outros períodos históricos, como durante a Idade Média e a Era Vitoriana, a sexualidade feminina era frequentemente reprimida, considerada um tabu e relegada a um papel secundário na sociedade.
À medida que as primeiras civilizações surgiam, como no Egito Antigo, Mesopotâmia e Grécia Antiga, a sexualidade começou a se tornar mais estruturada e regulamentada pela religião, leis e normas sociais. A monogamia e a família nuclear começaram a ganhar destaque, e a ideia de honra e virtude se tornou relevante para controlar a sexualidade, especialmente das mulheres.
Na Grécia Antiga, por exemplo, considerava-se o sexo masculino o único existente: o corpo feminino, apesar de semelhante ao dos homens, era inacabado, ou então que as mulheres teriam pênis e testículos internos que não se desenvolveram.
Já na Idade Média, a Igreja Católica ganhou força política e poder, trazendo a moralidade cristã, que era bastante severa, principalmente com as mulheres, que deviam ter o celibato e a castidade como modelo de conduta. A sexualidade passou a ser vista como imoral e motivo para culpa e vergonha. Além do mais, a sexualidade feminina também passou por um forte período de repressão na época da inquisição
No século XVIII, o sexo feminino começou a ser mais estudado, mas com trabalhos que ressaltavam e reforçavam as diferenças entre os gêneros
A história da sexualidade feminina é baseada em lutas. Desde 1909 as mulheres se uniram em prol de seus direitos. Com a psicanálise Freudiana, a partir do século XX, houve uma reviravolta, uma vez que foi dada uma nova perspectiva sobre a sexualidade, priorizando o prazer e reprodução em segundo lugar .

O Protagonismo do Feminismo e a Busca pelo Prazer Próprio.
O movimento feminista moderno tem desempenhado um papel fundamental na desconstrução de estereótipos e no empoderamento das mulheres em todas as esferas da vida, incluindo a sexualidade. As mulheres maduras têm o direito de buscar o próprio prazer e satisfação sexual, sem culpa ou vergonha. O protagonismo feminino na busca do prazer tem contribuído para uma maior compreensão e aceitação da sexualidade feminina em todas as idades.
Muitas mulheres maduras enfrentam tabus, medos e vergonhas associados à sua sexualidade. Isso pode ser resultado de décadas de mensagens culturais que desvalorizam a sexualidade feminina após uma certa idade, perpetuando a ideia de que o desejo sexual diminui com o envelhecimento. Esses estereótipos criam barreiras que impedem as mulheres de falarem abertamente sobre seus desejos e necessidades sexuais.

Prazer, Etarismo e a Importância de Conversar.
O prazer sexual não tem idade e, ao contrário do etarismo, a busca pelo prazer deve ser incentivada e valorizada em todas as fases da vida. É essencial que a sociedade promova um diálogo aberto e inclusivo sobre a sexualidade na maturidade, permitindo que as mulheres se sintam confortáveis em compartilhar suas experiências e desejos. Ao normalizar essas conversas, podemos quebrar estigmas e preconceitos, permitindo que as mulheres vivam uma vida sexual plena e satisfatória em qualquer idade.

Rompendo Barreiras e Preconceitos para uma Vida Sexual Plena
Para romper as barreiras e preconceitos em torno do sexo na maturidade, é importante:
Desafiar estereótipos culturais e valorizar a diversidade das experiências sexuais em todas as idades.
Promover a educação sexual ao longo da vida, para que as mulheres tenham acesso a informações precisas e atualizadas sobre sua sexualidade.
Fomentar um ambiente aberto e livre de julgamentos, onde as mulheres possam compartilhar suas preocupações e desejos.
Incentivar a autoestima e autoaceitação, para que as mulheres possam abraçar sua sexualidade com confiança e sem vergonha.
O sexo na maturidade é um aspecto importante da vida das mulheres, que merece ser discutido e valorizado sem tabus ou preconceitos. A história da sexualidade nos mostra que essa expressão variou ao longo dos tempos, mas hoje o feminismo e o diálogo aberto têm o poder de transformar a percepção da sexualidade feminina na maturidade. Romper as barreiras e preconceitos é essencial para que as mulheres maduras possam viver uma vida sexual plena e satisfatória, livre de estigma e com o respeito que merecem.

*Artigo Relacionado A Valorização da Mulher na Antiguidade

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